Nunca fui boa com tempos verbais. Troquei-me no tempo a vida toda. Ansiava tanto pelo futuro, que me esquecia que o presente existia, e que estava ali, comigo. A minha espera. Que eu o tocasse, que o vivesse. E eu, de olhos vendados. Vivi sempre fora do tempo, o meu presente era o desejo de reviver o que me tinha fugido. Foi Saudade. Recordações. Cartas. Fotografias. Memória. Longa memória.
E o Futuro, esse estranho desconhecido, que desenhava os traços da minha Imaginação. Sonhos. A História de alguém, talvez.
Não. Até hoje fui sempre passado...
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