sábado, 11 de outubro de 2014

Um rascunho do passado *

Estou a um passo da realidade
Quando acordar do meu sonho,
Vais deixar de caminhar ao meu lado

Vais abandonar a minha alma, e o meu coração.
Quando esse dia chegar,
vou deixar de sonhar.



Mais um rascunho perdido por aqui.
Um dia muito longe do hoje, 
foi assim.

The end

Não basta uma chávena de café para nos fazer acordar, quando um beijo tem a força de nos fazer adormecer. 

 

 

Hoje toca isto:

The end of laughter and soft lies
The end of nights we tried to die

This is the end.

 

The Doors
 

 

terça-feira, 26 de agosto de 2014

O tempo não pára

Eu sei
Que a vida tem pressa
Que tudo aconteça

Sem que a gente peça
Eu sei

Eu sei
Que o tempo não pára
O tempo é coisa rara
E a gente só repara
Quando ele já passou


Não sei se andei depressa demais
Mas sei, que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo
Para olhar para ti
De agora em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui.

Mariza 





quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Beautiful Side Of Somewhere


"Tomorrow is gonna make you cry
It's gonna make you kneel
Before it breaks you from inside
Still pressing on
Arm over arm
Still trying to get both feet back on to the ground
They are harvesting these fields in autumn
We're different now than we started

I am ready to wake up
There in the exodus
On the beautiful side of somewhere"

The Wallflowers

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Chasing The Sun


You said, remember that life is
Not meant to be wasted
We can always be chasing the sun
So fill up your lungs and just run
But always be chasing the sun!

All we can do is try
And live like were still alive..


Sara Bareilles



sexta-feira, 13 de junho de 2014

Qualquer coisa. Talvez.

No reflexo da minha alma
silenciosa,

Nas entre linhas das palavras
de um livro abandonado,

Nas pegadas desconhecidas
pisadas ao acaso na areia,

Ânsia de me encontrar,
no outro lado do mundo.



(Os Santos Populares deixam-me pensativa. 
Não sei se é o álcool que me mói a mente, 
ou se é o coração que, por vezes, dispara.. )

sábado, 10 de maio de 2014

A matéria das Palavras

Estamos aqui. Interrogamos símbolos persistentes.
É a hora do infinito desacerto-acerto.

O vulto da nossa singularidade viaja por palavras
matéria insensível de um poder esquivo.

Confissões discordantes pavimentam a nossa hesitação.
Há uma embriaguês de luto em nossos actos-chaves.

Aspiramos à alta liberdade
um bem sempre suspenso que nos crucifica.

Cheios de ávidas esperanças sobrevoamos 
e depois mergulhamos nessa outra esfera imaginária.

Com riscada atenção aspiramos à ditosa notícia 
de uma perfeição especialista em fracassos.

Estrangeiros sempre
agudamente colhemos os frutos discordantes. 

Ana Hatherley





quarta-feira, 23 de abril de 2014

Abri uma página ao acaso de um dos livros do escritor Eugénio de Andrade, saiu isto:

Brotou água onde tudo era secura.
Paz onde morava a solidão.
E a certeza de que a sepultura
é uma cova onde não cabe o coração. 

Eugénio de Andrade





sexta-feira, 11 de abril de 2014

Simplicidade *



Facto: Não é preciso ter asas para voar...



As coisas são simples. O ser humano é que é complexo. A sua complexidade é a muralha que quase sempre nos distância da felicidade.





sábado, 5 de abril de 2014

A escalada

Um caminho longo
vários trilhos que muitas vezes,
nos levam ao nada.


Uma chuva de obstáculos
ultrapassada, 
A luz que renasce
 com pequenas metas.


A lua chega
silenciosamente
com os nossos sonhos,
medos e frustrações.



O sol veste-nos 
de força para continuar
a escalar a montanha
da vida.



(Este foi de improviso.. a ressacar da falta do sol. Onde estás tu?)



quarta-feira, 26 de março de 2014

Entre rascunhos

Facto: Há uma vez na vida que os nossos sentimentos são estrangeiros aos olhos dos outros.


(Rascunho perdido desde 04/2011. Ainda faz sentido.)

segunda-feira, 10 de março de 2014

No ouvido *

Cada vez que siento que el mundo se me esta cerrando,
solo pienso en encarparme del mal,
y cada vez que siento que el aire se me esta acabando
solo pienso en volar,
hasta donde nadie me pueda encontrar

Frankie J

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Viagem ao passado

E cá estou eu. De pernas dormentes de estar sentada na mesma posição, a ouvir a música do meu coração, depois de uma leitura a este blog - a minha carapaça - cheia de tralha desde 2008. A minha casa. À anos que aqui estou, nesta casa de acesso restrito - pois não faço o mínimo esforço para a divulgar, até porque só entra na nossa casa quem nos queremos e quem a procura, é quem realmente a conhece, certo? 

Este lugar nasceu numa tarde quente de Agosto, tarde de verão e muito tédio. Nasceu com a vontade de me expressar sem ser pela via da oralidade, que para mim sempre foi uma grande barreira aos meus sentimentos, às minhas opiniões, aos meus sonhos, desde muito pequenina. 

A necessidade que eu sentia de me expressar com palavras mudas, ao longo do tempo, foi-se tornando um gosto. E hoje em dia se escrevo, é para arrumar as ideias nas gavetas, abrir as janelas às minhas opiniões, limpar o pó aos sonhos e arrumar os sentimentos nos armários, direitinhos para não se confundirem ao vestir. Sim, nós vestimos-nos de sentimentos todos os dias quando saímos de casa, pensando melhor até mudamos de "roupa" várias vezes ao dia? Para além disto tudo, escrevo sobretudo porque me faz feliz. Esta casa, faz-me feliz.

Olhando para trás e fechando os olhos, imagino esta casa sendo um pequeno chalet abandonado em tons de creme, húmido do mar, imagino um grande alpendre com uma cadeira de baloiço branca, comida pelo sol e pela maresia. No interior da casa, móveis tapados com lençóis, uma desarrumação de quem saiu à pressa de uma vida, e a abandonou. Fotografias espalhadas pela casa, com sorrisos de quem um dia foi feliz e nunca soube. Muitas cartas escritas, perdidas e engolidas pelo tempo e nunca enviadas ao seu destino. Lá fora no jardim das traseiras, grandes pinheiros com décadas, fazem sombra. Neste jardim é sempre de noite. Cheira a mágoas e respira-se solidão. 

A minha casa , imagino-a assim. Esta casa é tudo o que vivi até hoje. Já foi um suspiro da ausência, hoje é apenas um mar de sentimentos acumulados. Este blog, é mais que uma casa. É uma vida. A minha vida. :)

sábado, 15 de fevereiro de 2014


Facto: Existem lugares que nos fazem verdadeiramente felizes.



(E hoje, é só isto. o que sinto é isto. Vontade de pertencer a um lugar.)

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Replay back


Nunca fui boa com tempos verbais. Troquei-me no tempo a vida toda. Ansiava tanto pelo futuro, que me esquecia que o presente existia, e que estava ali, comigo. A minha espera. Que eu o tocasse, que o vivesse. E eu, de olhos vendados. Vivi sempre fora do tempo, o meu presente era o desejo de reviver o que me tinha fugido. Foi Saudade. Recordações. Cartas. Fotografias. Memória. Longa memória.  
E o Futuro, esse estranho desconhecido, que desenhava os traços da minha Imaginação. Sonhos. A História de alguém, talvez.

?

 Não. Até hoje fui sempre passado...