quinta-feira, 20 de agosto de 2015




“Eu mudei porque o mundo não ia mudar. Estava a remar contra a maré.”

quinta-feira, 30 de julho de 2015

E já lá vão 24...


Às vezes, vem-me esta pergunta à cabeça: Quem fui, quem sou agora?
Aos dezoito anos está sempre tudo tão longe. Vivia com dramatismo a intensidade dos dias. Tinha grandes objectivos e ansiava desesperadamente pelas metas. Na altura, sentia que por mais que corre-se, nunca chegaria ao meu destino. Os caminhos eram incertos, as alterações de humor eram constantes, acho que era por isso que escrevia bastante. Vim a perceber mais tarde, quando as emoções já não palpitavam tanto, e os meus extremos começaram atenuar.

 O mundo inteiro parecia-me pequeno aos meus olhos. Queria sugá-lo, tê-lo comigo, fazer parte de algo que não conhecia, mas que admirava. Tudo para mim era um fascínio, não sei se por alguma ingenuidade ou falta de inteligência. 
Talvez, só via o que queria ver..
 Por breves momentos no meu pensamento, os 24 anos apareciam ser como uma miragem, uma imagem esbatida no meu imaginário. Hoje, olho para mim com outros olhos. O realismo está muito mais presente na minha vida. Ao observar a realidade, fez-me amadurecer. O simples acto de observar tudo à nossa volta e o sentimento que nos faz despertar, é o passo para mudar alguma coisa. 

Não sou mais aquela menina, mas continuo com ela dentro de mim. Os sonhos continuam cá, a alegria timída também. Sinto-me feliz com tudo o que sou, com o que tenho, e como cheguei até aqui. 

Continuo a caminhar no trilho da vida que escolhi, tem muitos buracos (tem, é verdade) mas não vou desistir. Já não sou a menina impaciente com o tempo das coisas, acho que cada coisa, acontece quando tem que acontecer. 


(Ufa, despejei. Já tinha saudades. ^.^ )